Trata-se de material informático e do posto médico, equipamentos mecânicos, de caldeiraria ligeira, encanamentos, soldadura, empilhadores eléctricos e zorras hidráulicas que voltam a leilão por não terem sido recebido propostas em várias tentativas de venda.
O período para a apresentação de propostas de aquisição para estes 11 leilões termina a 8 de Agosto.
Os procedimentos, de acordo com os anúncios dos concursos, começam às 09h00 de 12 de Agosto e vão decorrer durante todo o dia, nas instalações da empresa, com a abertura das propostas para a alienação deste material.
Em causa estão bens móveis dos estaleiros – segundo a administração mais de 20 mil que ficaram fora da subconcessão dos terrenos e infra-estruturas da empresa ao grupo privado Martifer e que têm de ser vendidos em concurso público no âmbito do processo de liquidação da empresa.
Estes procedimentos têm vindo a decorrer desde o início do ano no âmbito do encerramento dos ENVC e da subconcessão dos terrenos e infra-estruturas da empresa pública ao grupo privado Martifer, assumida dia 2 de Maio.
Em Julho, o secretário-geral da Empresa Portuguesa de Defesa (Empordef), disse à Lusa que os mais de 60 leilões já realizados pela administração dos ENVC desde Janeiro representaram um encaixe financeiro de 1,12 milhões de euros.
Luís Rochartre adiantou que estes procedimentos já permitiram vender mais de um terço dos 20 mil itens (bens móveis da empresa pública) que ficaram fora do concurso da subconcessão ao grupo Martifer.
Questionado pela Lusa, respondeu que "não foram criadas expectativas" quanto ao resultado final desta operação, que está a ser assegurada por cerca de 40 trabalhadores dos ENVC.
"Não havia propriamente uma estimativa em relação ao valor esperado. A orientação é exactamente realizar o maior valor possível, sendo que estamos completamente dependentes do mercado e das ofertas que nos façam. Alguns leilões não se realizaram porque não aceitámos as propostas com valor abaixo do normal no mercado", explicou, na altura.
O processo de venda deste equipamento, adiantou, deverá estar concluído em Setembro ou Outubro.
Quanto ao prazo estabelecido para a liquidação dos ENVC, não apontou datas, por "não depender apenas dos activos da empresa pública".
"O encerramento efectivo tem uma série de outras condições, como fiscais, prazos e realização de assembleias-gerais. São questões bastante complexas do ponto de vista jurídico que não acredito que em Outubro estejam concluídas", rematou.
Lusa/SOL