Introduzir as suas crianças nas maravilhas da arte contemporânea é uma boa ideia? Não não é, se acreditar neste britânico (metade do reverenciado duo dos irmãos Chapman), que chama "arrogantes" aos pais que acham que seus filhos podem perceber artistas tão complexos como Jackson Pollock e Mark Rothko, como contou ao The Independent.
Para Chapman, qualquer pessoas que associe a simplicidade de um quadro de Matisse às pinturas de uma criança é um “puro idiota”. “É ridículo”.
“As crianças ainda não são humanas”, diz ainda Chapman, pai de três filhos pequenos.
Picasso um dia disse que precisou de quatro anos para pintar como Rafael, mas levou uma vida inteira para conseguir pintar como uma criança. Nem esta frase aquece o coração de Chapman.
“É como dizer que uma criança vai entender um quadro Cubista porque este é acriançado… não há qualquer relação”.
É polémico e já há quem o contradiga.
“Se já pode andar e ver, já se consegue tirar alguma coisa de uma obra de arte”, disse à BBC Stephen Deucher, director da The Art Fund.
“Conseguirá uma criança apreciar uma obra de arte inteiramente? Sim, claro que consegue”, acrescentou. “Consegue perceber tão bem como os seus pais? Provavelmente não”.
Anthony Gormley, vencedor do prémio Turner, descreve Chapman como um “agente provocador”.
“Não penso que a arte seja para ser entendida – mas sim experimentada”, disse ao The Times.
A escritora Rhiannon Lucy Cosslett também não poupou Chapman no seu artigo no The Guardian.
SOL