As melhores formas de visitar Lisboa

Os turistas que visitam Lisboa têm cada vez mais alternativas ao tradicional eléctrico e aos percursos a pé e, de acordo com empresas contactadas pela Lusa, quem visita a cidade tem aderido muito às formas menos convencionais.

Lisboa pode ser hoje percorrida em roteiros de helicópteros, triciclos com cabine conhecidos como 'tuk tuk' e outros pequenos veículos motorizados, 'segways', bicicletas e autocarros anfíbios.

Quem entra nos pequenos carros amarelos da Go Car é avisado: tem de preparar-se para ser apontado e até fotografado, porque ninguém consegue ficar indiferente ao veículo de dois lugares.

Os "Go Cars" são conduzidos pelo próprio turista e têm um GPS integrado que funciona como guia, que avisa quando o veículo passa junto a pontos de interesse. A empresa também tem visitas guiadas em 'segway' e em bicicletas e 'carochas' descapotáveis, para percursos mais longos.

"Este ano, à semelhança do ano passado, foi sempre aumentando a procura. Lisboa está uma cidade cada vez mais 'in' em termos de turismo, há imensos turistas pela cidade e, como é óbvio, com mais turistas a circular pela cidade, mais clientes temos", diz Tiago Monteiro, da 'Go Cars'.

Uma hora de Go Car custa 29 euros, um tour de 'segway' 30/35 euros e um de bicicleta 25 euros por pessoa.

O facto de "Lisboa estar mesmo na moda" levou Lígia Maia, guia certificada, a deixar no princípio deste ano os autocarros turísticos para se arriscar no seu próprio negócio, um 'tuk tuk' de cinco lugares.

Diariamente, estaciona por ordem de chegada numa fila onde também esperam os veículos de cerca de seis empresas, sem contar com os "independentes".

Segundo Lígia, os 'tuk tuk' são muito procurados por turistas de todas as nacionalidades, porque permitem percorrer Lisboa e arredores com um guia certificado por 40 a 45 euros à hora, num veículo que leva três a cinco pessoas.

Meio dia é quanto demora conhecer Lisboa de bicicleta na Lisbon Bike Tour, do Parque Eduardo VII à baixa e até Belém, com paragem e explicações em monumentos, "com a vantagem de não ter uma única subida, evitando-se as colinas", explica o fundador, Filipe Palma.

A empresa tem também programas nos arredores, em Sintra e na Arrábida, que incluem caminhadas, bicicleta de montanha e caiaque de mar.

É preciso saber andar de bicicleta, mas crianças pequenas podem ir num atrelado e já houve situações em que pessoas com deficiências físicas viajaram à boleia num tandem (bicicleta de dois lugares).

O "Hippotrip" é um autocarro que sai da doca de Santo Amaro para um percurso de uma hora pelos pontos históricos da baixa, mas em Belém transforma-se num barco que entra no Tejo para mais meia hora de Lisboa, vista do rio.

"A maior surpresa tem sido a adesão dos portugueses. Até este momento tivemos mais de 30 mil passageiros, dos quais mais de 80% têm sido portugueses, uma grande parte de Lisboa, que dizem que é a primeira vez que fazem uma actividade de turismo dentro da própria cidade", diz Frank Alvarez, sócio-gerente.

Frank Alvarez afirma que o que torna a "Hippotrip" diferente é também o guia, que conta a bordo lendas e histórias. Custa 25 euros por adulto e 15 euros por criança ou sénior.

Uma experiência única, "com paisagens únicas vistas do ar", é também o que promete a Lisbon Helicopters, que percorre de helicóptero desde junho rotas aéreas a partir do passeio marítimo de Algés.

"A mais vendida tem sido a rota 'Lisboa Imperial', que vai até ao centro do que foi antes a capital do império português e que permite ver toda a baixa pombalina e além, o castelo de São Jorge e parte de Alfama", afirma Francisco Sá Nogueira.

O preço desta rota é de 240 euros, num aparelho de três lugares. Os dois primeiros meses estão a correr "acima das expectativas".

Cá em baixo, a Lisbon Walkers marca o local, o dia e a hora e quem aparece pode entrar pelas ruas dos bairros para conhecer Lisboa a pé.

A empresa tem roteiros pré-estabelecidos que permitem descobrir desde "a cidade velha" ao terramoto de 1755, às lendas e aos mistérios de Lisboa, aos espiões que por lá passaram na Segunda Guerra Mundial, a caças ao tesouro, entre outras sugestões.

Lusa/SOL