Em declarações hoje à agência Lusa, o enfermeiro Sérgio Gomes disse que a Linha Saúde 24 tem recebido "apenas contactos de pessoas que vão viajar" para estes países, sobretudo Angola e Cabo Verde, para pedir conselhos e esclarecimentos sobre a doença.
"O que nós dizemos é que o vírus Ébola não está presente nestes países e aconselhamos as pessoas a ter os cuidados que qualquer viajante deve ter" a nível da alimentação, no caso de tomar medicação levar os medicamentos em quantidade necessária para a viagem, entre outros cuidados, explicou.
Além disso, os enfermeiros da Linha Saúde 24 alertam também para os sintomas do vírus Ébola, nomeadamente febre, que costuma ser o principal sinal, acompanhada de fraqueza e dores musculares, de cabeça e de garganta.
Outros sintomas nos tempos seguintes são náuseas, diarreia, feridas na pele, problemas hepáticos e hemorragia interna e externa.
Segundo o enfermeiro Sérgio Gomes, a Linha não recebeu, até ao momento, telefonemas de pessoas que apresentassem sintomas da doença.
Portugal criou um "dispositivo de coordenação" que está em alerta e "mobilizará e activará recursos que sejam adequados a cada situação" de infecção pelo vírus do Ébola que venha a ser identificada, anunciou a Direcção Geral da Saúde na sexta-feira.
Em Portugal, os hospitais para onde serão encaminhados os doentes suspeitos de estarem infectados com o vírus do Ébola são os hospitais Curry Cabral e Dona Estefânia, em Lisboa, e São João, no Porto.
O actual surto de ébola começou na Guiné-Conacri em Dezembro de 2013 e, até à data, foram identificados cerca de 1.700 casos e 930 mortes, em quatro países: Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.
O vírus do Ébola transmite-se por contacto directo com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados.
Lusa/SOL