Depois da intervenção de Bush, o intolerante e anti-ocidental Irão tornou-se a principal potência regional, e o Iraque ficou um paraíso para a acção dos fundamentalistas islâmicos mais extremistas. Para agravar as coisas, o novo Governo de Bagdad revelou-se muito mais sectário do que Sadam, e tem recusado qualquer integração de elementos não xiitas.
Agora, temos ali um Estado Islâmico fundamentalista e extremista, com pretensões expansionistas (que chegam à Síria, ao Líbano, à Líbia e onde mais veremos), que persegue e faz guerra a todos os que não se submetem, desde os minoritários cristãos aos próprios muçulmanos, para já não falar dos curdos. E lá temos a aviação dos EUA a ter de intervir.
Eu gostava era de ver esta gente minha conhecida em Portugal, que se entusiasmou muito com a acção do Bush filho, vir agora ao menos dizer que se enganou. Mas não: são como o dito Bush. Pode vir o caos à vontade, desde que exercitem com satisfação, de vez em quando, o seu preconceitozinho. E se depois tudo fica pior, é-lhes indiferente. Lá estão na primeira fila, para alinharem num novo disparate, com a irresponsabilidade habitual, recusando inclusivamente a ideia de responsabilidade.
São os mesmos ineptos mentais que, quando me vêem criticar Passos Coelho concluem logo que eu devo gostar de Sócrates. Esquecendo que eu já criticava Sócrates, quando eles ainda não diziam nada. E que, para mim, entre Passos Coelho, Sócrates e os tais ineptos mentais (que ainda por cima votam) – venha o diabo e escolha. Eu prefiro uma alternativa, mais democrata-cristã ou social-democrata, em que a politica sirva o Homem e não os interesses imediatos de um certo carreirismo económico de moda.