De acordo com a televisão pública, uma equipa de auditores da Deloitte chegou ao Montepio a 25 de Julho e “levou uma lista de tarefas designadas pelo Banco de Portugal, que visa uma série de clientes da instituição”.
A Lusa tentou contactar o Montepio, mas até ao momento tal não foi possível.
À RTP, fonte do Montepio disse que a auditoria “incide sobre 2009, 2010 e 2011”. No entanto, a estação pública garante “estar a ser passada a pente fino a exposição do banco ao GES [Grupo Espírito Santo]”.
O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, revelou a 07 de Agosto no parlamento que “estão três auditorias forenses em desenvolvimento”, além da do Banco Espírito Santo (BES).
Contactada hoje pela agência Lusa, fonte do Banco de Portugal disse que a instituição “não comenta casos concretos”.
O Montepio aumentou no primeiro semestre as provisões e imparidades em 165,5 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado, um aumento que acomoda eventuais perdas com créditos do banco às empresas do GES.
No final de Junho, a Caixa Económica Montepio Geral tinha constituídas provisões e imparidades de crédito (líquidas) de 292,9 milhões de euros, mais 165,5 milhões de euros do que em Junho de 2013.
Segundo o Montepio, este valor já tem incluído um “julgamento muito conservador da sua exposição ao universo de empresas do GES”, acomodando perdas que venha a sofrer com créditos dados às empresas do grupo Espírito Santo.
O Montepio teve lucros de 11,9 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, que comparam com os prejuízos de 69,7 milhões de euros do mesmo período do ano passado.
O banco fechou Junho com 3 894 trabalhadores, menos nove do que no fim do ano, enquanto os balcões reduziram-se em 20 para 436.
Lusa/SOL