Jorge Bergoglio falava aos jornalistas durante a sua viagem de regresso ao Vaticano, após uma visita de cinco dias à Coreia do Sul. Os repórteres perguntaram ao Papa como se sentia perante a tamanha popularidade que alcançou após assumido a liderança da Igreja Católica.
“Encaro-a como a generosidade do povo de Deus. Tento pensar nos meus pecados, nos meus erros e tento também não ser uma pessoa orgulhosa. Sei que isto vai durar pouco tempo. Mais dois ou três anos e partirei para a ‘Casa do Pai’”, afirmou o papa de 77 anos.
Fonte do Vaticano confirmou que Francisco já tinha revelado a pessoas que lhe são próximas que acha que não terá muitos mais anos de vida.
Bergoglio fez também referência à possibilidade de abdicar do cargo, seguindo assim o exemplo de Bento XVI, que deixou de ser papa no ano passado. Francisco diz que, “mesmo que não vá ao encontro das expectativas da maioria dos teólogos”, essa questão deverá ser colocada assim que sentir que já não consegue cumprir os seus deveres.
Sobre o seu estado de saúde, o papa disse que já teve “problemas nervosos” e que necessitou de tratamento. No entanto, Francisco brinca com a situação e diz que tem que “dar mate [bebida característica da Argentina] aos nervos todos os dias”.