Tony Abott afirmou que os investigadores não desistiriam facilmente de encontrar o aparelho que desapareceu inexplicavelmente dos radares quando estabelecia a rota Kuala Lumpur-Pequim.
Estima-se que o avião tenha caído no sul do oceano Índico, ainda longe da costa da Austrália Ocidental, mas buscas massivas efectuadas por ar e mar não detectaram destroços, enquanto uma investigação submarina se revelou inconclusiva.
Peritos têm usado dados técnicos para determinar a zona mais provável da localização do avião no fundo do mar e estão a preparar uma busca mais intensa.
"Eles agora vão procurar toda a zona de provável impacto que corresponde a qualquer coisa como 60.000 quilómetros quadrados de fundo de oceano, ao largo da costa da Austrália Ocidental", afirmou Abbott à televisão australiana ABC.
"Se o avião estiver lá em baixo — e a melhor informação dos peritos é a de que caiu na água algures no arco ao largo da costa da Austrália Ocidental –, há uma hipótese razoável de que o iremos encontrar porque [os peritos] estão a usar a melhor tecnologia possível", acrescentou.
Abbott disse que as autoridades "fizeram o melhor que podiam com o equipamento disponível" na primeira fase das buscas nos mares agitados e remotos.
No início do mês, o Governo australiano firmou um contrato de 46,5 milhões de dólares (34,9 milhões de euros) com a empresa holandesa Fugro Survey para a operação de buscas.
O primeiro-ministro australiano reforçou que as buscas nas águas profundas pela empresa holandesa iriam começar possivelmente no próximo mês e poderiam demorar até um ano.
Abbott salientou que a Austrália vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para encontrar o avião e ajudar a determinar o que aconteceu com o Boeing 777 para encerrar o caso para as famílias e opinião pública em geral.
Nas buscas no fundo do mar será usado equipamento de som e câmaras de vídeo para localizar e identificar quaisquer destroços.
Seis australianos estavam a bordo do avião da Malaysia Airlines, cujos passageiros eram na sua maioria de nacionalidade chinesa.
Lusa/SOL