O CC14 era usado nos extintores e nas lavandarias para limpeza a seco e foi proibido em 1987, ao abrigo do Protocolo de Montreal. Nenhum dos países subscritores do protocolo reportou qualquer nova emissão de CC14 entre 2007 e 2012.
Contudo, um estudo da NASA revela agora que as emissões mundiais do poluente são, em média, de 39 mil toneladas por ano, o equivalente a cerca de 30% do volume máximo alguma vez registado antes da entrada em vigor do protocolo internacional.
“Não deveríamos ter todo este CC14”, alertou Qing Liang, investigador da NASA e principal autor do estudo, acrescentando que se está na presença de “fugas industriais não identificadas, emissões importantes de sítios contaminados ou de fontes desconhecidas de CC14”.
Os cientistas querem saber a origem do tetracloreto de carbono, que contava, em 2008, para cerca de 11% do cloro que leva à diminuição da camada de ozono.
As concentrações do poluente na atmosfera, dizem, deveriam ter diminuído 1% a 4% por ano, e não somente 1%.
“Existe um mecanismo de perda de CC14 que não compreendemos, ou haverá fontes de emissão não assinaladas ou identificadas?”, questiona Qing Liang.