Acredito que esses jovens, normalmente de uma tribo urbana ligada a uma raça (e que depois entram em vias de facto com tribos urbanas de raças distintas), vão até com boas intenções. Mas já se sabe o que é psicologia e o comportamento de multidões.
Basta dizer que anteontem, no Centro Vasco da Gama, lá para o Parque das Nações, entraram numa correria e à desfilada cerca de 600. Convenhamos ser um espectáculo que intimida qualquer cidadão não dado a tais correrias.
Claro: os jornais contam com bonomia tratar-se de jovens que vêm de zonas como Amadora, Rio de Mouro, Bobadela e Catujal (eu sei que a muita gente isto soa como um estrangeiro longíssimo, mas trata-se de zonas onde há bairros degradados na região suburbana de Lisboa).
Vai daí (da convocação pelas redes sociais), estes jovens, no caso todos negros, reúnem-se junto ao Pavilhão de Portugal da Expo, ‘habitado por sem-abrigos que se drogam e outros que preparam actos delinquentes’ (segundo narrativa de um jornal de referência), e logo avançam à desfilada para um local como o Centro Vasco da Gama.
Quando a Policia é chamada a intervir, lá os domina, sempre com muitas acusações de racismo (basta deter um negro à desfilada e a assustar os cidadãos bem comportados para já ser racista). Neste caso, o principal ferido, foi-o por um bando rival, e não pela Policia – o que deve incomodar imenso as Associações de Defesa do Racismo.
Só no prazo de cerca de um mês, nestes Julho/Agosto, o Centro Vasco da Gama já foi vítima de 3 ‘meets’ destes. Que pena os ‘jovens’ suburbanos não se entreterem de outras maneiras: a lerem um livro, irem ao cinema sem ser em tribo, ou à praia, enfim, coisas agradáveis de se fazerem sem incomodar o próximo.