A carta que James Foley escreveu aos pais pouco antes de morrer

Depois de tentar de várias maneiras contactar com a família, James Foley viu a sua oportunidade: Pedir a um colega – que tinha sido também raptado pelo Estado Islâmico e estava prestes a ser libertado – que memorizasse a carta que tinha escrito e que transmitisse a mensagem.

E assim foi: A mensagem chegou à mãe de James em Junho, dias depois deste ter ditado a sua mensagem ao colega (que não é identificado na publicação). 

Uma semana após a sua morte, os pais do jornalista norte-americano decidiram divulgar as palavras de Foley através do Facebook, numa página que criaram para pedir a sua libertação e, agora, “para manter viva a sua memória”.

Nesta mensagem, James dirige-se aos pais, aos irmãos e à avó. Descreve os seus dias na cela, recorda algum dos melhores momentos, elogia os seus familiares e até pede à sua ‘grammy’ que não se esqueça de tomar os medicamentos. “Quando regressar a casa, vou levá-la a beber uma Margarita”, lê-se no testemunho.

“Eu sei que estão a pensar e a rezar por mim. E agradeço-vos imenso por isso. Sinto-vos a todos, principalmente quando estou a rezar. Rezo para que continuem a ser fortes e que acreditem. Mesmo no meio desta escuridão, quando estou a rezar sinto mesmo que vos consigo tocar”, terá afirmado Foley.

James Foley foi raptado há dois anos pelo Estado Islâmico e morto pelo mesmo grupo há cerca de uma semana. A sua decapitação, e o vídeo que divulgava este acto, gerou uma onda de indignação não só nos EUA, mas em todo o Mundo.

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joana.alves@sol.pt