Aposta em ser número 1
A nova avaliação do BuzzFeed decorre da injecção de capital (anunciada há duas semanas) da Andreessen Horowitz (AH), uma companhia que tem financiado empresas principiantes no negócio online, tal como aconteceu com o Facebook, o Twitter e o Skype.
Um dos associados da Andreessen Horowitz, Chris Dixon, ficará na administração do site e justificou a aposta sustentando que o BuzzFeed será a breve trecho um líder no mundo e muito concorrencial dos operadores de media.
O site foi criado há oito anos por Jonah Peretti, quando o Huffington Post (do qual tinha sido co-fundador, juntamente com Arianna Huffington e Kenneth Lehrer) foi vendido à AOL. Inicialmente, o BuzzFeed foi visto pelos grandes grupos de media como concorrência inofensiva.
Um site que vive da partilha
Peretti previu uma tendência, que o próprio Huffington Post acabou por seguir, de que os consumidores querem ser informados, entretidos e inspirados, e que a maneira como isso acontece mudou dramaticamente. Assim, segundo o Guardian, os jornalistas e os colaboradores do BuzzFeed recebem bónus não pelo número de page views dos seus artigos, mas pela quantidade de vezes que esses artigos são partilhados nas redes sociais.
Actualmente, estima-se que o tráfico gerado cresça cerca de 75% por ano, tendo cerca de 150 milhões de leitores por mês – sendo enormemente popular entre as camadas mais jovens (e também mais habituadas a navegar e distribuir informação nas redes sociais), um público que é especialmente desejado pelos anunciantes.
O lucro estimado para o ano de 2014, segundo avançou Chris Dixon, será de 100 milhões de dólares. E com a injecção de capital terá meios de expandir a sua cobertura, muito para além das listas de curiosidades e coaching (do tipo '15 coisas que deverá dizer a quem está deprimido').
O BuzzFeed já emprega uma equipa de 550 pessoas, dos quais 200 são jornalistas, e está a contratar repórteres além-fronteiras. Recentemente, foi criada uma editoria de investigação, chefiada por Mark Schoofs, vencedor de um prémio Pulitzer, em 2000.
A cobertura de temas de política internacional será igualmente uma das prioridades para os próximos anos.