UE não trava comércio ilegal de madeira

Mais de um ano após a entrada em vigor da lei sobre o comércio de madeira da União Europeia, e depois de a Comissão Europeia (CE) ter publicado os resultados da sua avaliação acerca da implementação da lei, uma pesquisa realizada pela World Wide Fund for Nature (WWF) confirma que muitos países europeus continuam a…

O barómetro da WWF, realizado no primeiro semestre deste ano, mostra que apenas 11 países da UE adoptaram até agora a legislação e as medidas nacionais consideradas firmes o suficiente para controlar a legalidade da madeira e dos produtos derivados e definindo penalizações elevadas para aqueles que infringem as regras. Portugal, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Estónia, Finlândia, Lituânia, Luxemburgo, Estónia, Eslovénia e Reino Unido.

Os outros 17 países ou não adaptaram a sua legislação nacional à legislação europeia ou adoptaram legislação que pressupõe sanções baixas ou um sistema de acusação disfuncional, tornando-se obstáculos para a implementação eficaz da lei, considera a organização, sublinhando que os impactos ambientais, sociais e económicos da exploração madeireira ilegal, contribuem “para mais de 50% da desflorestação tropical na África Central, na Amazónia e no Sudeste Asiático”.

O comércio de madeira ilegal representa 30% do comércio de madeira global e os cortes ilegais de floresta resultam em perdas estimadas em sete mil milhões de euros para os operadores legítimos a nível local e europeu, para além da desflorestação, perda de biodiversidade, aumento das emissões de gases de efeito estufa e ameaça à subsistência das comunidades locais, nota ainda a WWF.

O relatório está disponível em www.wwf.org.uk/barometer.