Os dados são da associação de energias renováveis (APREN), que sublinha ainda o facto de estes números serem consideráveis por estarmos no Verão, ou seja, “ no período tipicamente mais seco do ano e portanto com menor contribuição renovável via produção hídrica”.
Além disso, pela primeira vez este ano, a produção de electricidade de origem renovável em regime especial (PRE Renovável – toda a renovável excepto a Grande Hídrica) foi a principal fonte de produção de electricidade, contabilizando 34% do consumo. A Grande Hídrica ocupa agora o segundo lugar, contribuindo para 33% do consumo.
Até Agosto a produção eólica foi responsável por um quarto do consumo, seguida da biomassa com 5,4% e das pequenas centrais hídricas com 3,1%. Também a solar fotovoltaica continua a ganhar terreno, representando 1,3% do consumo.
Já a produção térmica fóssil abasteceu 32% do consumo eléctrico português.
Apesar destes números positivos, em Agosto, Portugal voltou a importar mais electricidade do que aquela exportada e, “em termos cumulativos, as importações já ultrapassaram as exportações totais desde o início do ano. No entanto, é importante realçar que o saldo importador até ao final de Agosto (140 GWh) é cerca de oito vezes inferior àquele verificado para o mesmo período no ano anterior (1055 GWh)”, sublinha a APREN.