Num artigo conjunto publicado hoje no diário The Times, a propósito do início da cimeira da NATO no País de Gales, os dois políticos advertem que as nações democráticas não serão intimidadas perante a ameaça dos terroristas.
"Se os terroristas pensam que ficamos debilitados perante as suas ameaças estão enganados. Países como o Reino Unido e Estados Unidos não são intimidados por assassinos", afirmam.
Obama e Cameron manifestaram esta unidade depois do homicídio esta terça-feira do jornalista norte-americano Stephen Sotloff, feito refém pelo EI no Iraque, e do também jornalista norte-americano James Foley.
Os 'jihadistas' ameaçaram também matar um refém britânico em represália pela resposta militar dos Estados Unidos no Iraque para combater a crescente agressão do Estado Islâmico.
Espera-se que este seja um dos temas abordados pelos líderes dos 28 países da NATO, que hoje iniciam um cimeira de dois dias em Newport, sul de Gales, e na qual também vão tratar da fase final da intervenção aliada no Afeganistão e crise na Ucrânia.
Nesse sentido, Obama e Cameron assinalam no artigo conjunto que os países da NATO devem apoiar "o direito da Ucrânia a determinar o seu futuro democrático", pelo que manifestam a importância de ter uma presença militar no leste de Europa.
"Devemos utilizar os nossos militares para assegurar uma presença constante no leste da Europa, tranquilizando os membros da NATO no leste da Europa e deixando claro à Rússia de que manteremos sempre os nossos compromissos de uma defesa colectiva", acrescentam.
Obama tem previsto iniciar o dia de hoje com uma visita conjunta com Cameron à escola primária de Mount Pleasant de Rogerston, nos arredores de Newport.
O Presidente norte-americano participará mais tarde na fotografia oficial da cimeira com os restantes líderes mundiais no hotel Celtic Manor, após a qual será iniciada a primeira sessão de trabalho, centrada no Afeganistão.
Estima-se que cerca de 9.500 agentes britânicos estejam encarregados da segurança dos participantes no encontro.
Lusa/SOL