Os cientistas analisaram ainda os registos de caça praticada do lado americano do Pacífico – onde vive a espécie que recuperou população – e compararam-no com o do lado Noroeste daquele Oceano, onde estes cetáceos eram vítimas, essencialmente, dos arpões russos e japoneses. Deste lado, até 1966, a caça foi bastante maior, com mais de 300 mil baleias mortas. Os registos só puderam ser consultados recentemente, uma vez que os soviéticos os esconderam durante muitos anos.
A baleia azul é o maior animal do nosso planeta, com um comprimento que pode chegar aos 30 metros e um peso de 170 toneladas. Mas a equipa da Universidade de Washington responsável por este estudo frisa que a recuperação populacional só aconteceu, de facto, com esta espécie. Outras baleias continuam em risco, devido à caça fortuita ilegal que alguns países continuam a promover, muitas vezes não ‘oficialmente’. E mesmo não sendo caçadas, as baleias azuis e muitos outros cetáceos e peixes de grande porte continuam vulneráveis a outros perigos, como o embate contra navios.
Daí que as autoridades norte-americanas já tenham pedido aos navios da marinha mercante que abrandem quando cruzam o Pacífico.