Num memorando enviado aos secretários de Estado, John Kerry, e do Tesouro, Jack Lew, Obama informou sobre a sua decisão de manter o embargo contra Cuba no âmbito da Lei Contra o Comércio com o Inimigo por considerar estar em causa o "interesse nacional dos Estados unidos".
A renovação dessa lei, que proíbe as empresas norte-americanas de realizarem negócios com a ilha, ocorre de forma rotineira – os anteriores presidentes norte-americanos também a prorrogavam anualmente.
A Lei Contra o Comércio com o Inimigo, que data de 1917 e foi aprovada face à entrada dos Estados Unidos na primeira guerra mundial, proíbe que as empresas norte-americanas façam comércio com países hostis.
Esta foi a lei utilizada para impor o embargo económico contra Cuba, mas que foi reforçado com outros diplomas, como o Torricelli, de 1992, que impede o envio de alimentos para Cuba — à exceção de ajuda humanitária.
A decisão de Obama de renovar as sanções ocorre apesar dos apelos de organizações, como a #CubaNow, que consideram que o embargo não tem sido uma medida eficaz para acabar com o regime castrista e defendem uma aproximação à ilha.
Estas medidas, "em vez de ajudar os cubanos a avançar para uma sociedade mais aberta e democrática, torna mais difícil aos norte-americanos apoiá-los", argumentou o director executivo da #CubaNow, Ric Herrero, num comunicado.
Lusa/SOL