O Teatro Plástico, dirigido por Francisco Alves, já tinha entregado este documento aos deputados da Assembleia da República.
O grupo com sede no Porto queixa-se, em primeira instância, de ter ficado de fora, pelo terceiro ano consecutivo, dos apoios da Direcção-Geral das Artes. “Esta continuada exclusão, sem razões artísticas que o justifiquem, configura uma notória e inadmissível perseguição política e tentativa de extermínio desta companhia no momento em que está prestes a comemorar 20 anos de actividade”.
O tom crítico sobe ainda mais: “O que se verifica é que o organismo público responsável pelo fomento às artes se comporta como um órgão de policiamento político, com a clara missão de tentar exterminar estruturas teatrais incómodas como o Teatro Plástico, fortemente implantadas e com público, eliminando de forma criminosa e anticultural um trabalho de décadas e desbaratando o investimento público feito nas estruturas em favor de projectos avulsos ligados aos círculos do poder e aos já muito denunciados lobbies internos da DGArtes, instituição a necessitar há muito de uma auditoria geral”.
No fim de Agosto, o Teatro Plástico levou o espectáculo “Beckett: O Quê-Onde” ao Happy Days Internacional Beckett Festival, na Irlanda.