Dos 27 arguidos, com idades entre os 20 e 47 anos, a maioria residente em Leiria, seis respondem, também, pelo crime de receptação e dois por detenção de arma proibida.
Segundo o despacho de pronúncia, desde Janeiro de 2012 até Junho de 2013, um casal, pessoalmente e através de outros arguidos, dedicou-se "em exclusivo à venda a retalho, após desdobramento, adulteração [corte] e fraccionamento em doses mais pequenas, directamente a consumidores de Leiria, de cocaína e heroína, a preço muito superior à sua aquisição".
As quantidades semanais médias eram de, "pelo menos, 100 gramas de heroína e cocaína", refere o despacho, considerando que aquele casal tinha "a função de dirigir todo o negócio de compra e venda" do estupefaciente, adquirindo-o e repartindo-o "pelos demais arguidos", dos quais recebia o relatório de venda e o dinheiro desta.
"Permitiam que alguns consumidores se deslocassem para a sua residência com o fito único de adquirirem, em segurança, heroína ou cocaína". Naquela casa, o homem, quer pessoalmente, quer através da sua companheira ou de filhos menores, "entregava os pacotes" e recebia o respectivo preço.
Para o comércio de cocaína e heroína, o homem forneceu as filhas e respectivos companheiros, além de outros arguidos.
Em tribunal vão estar, entre outros, os supostos responsáveis pelo abastecimento por grosso e outros arguidos que se dedicavam à compra e venda a retalho de cocaína e heroína, destacando-se um casal que, à semelhança de outros dois, apresentava "um movimento monetário diário de mil euros", sendo que pelo menos metade correspondia a mais-valia da venda do estupefaciente.
Lusa/SOL