"Realizámos exames duas vezes. Ele [o doente] já não tem o vírus. Está curado", declarou Pape Amadou Diack, diretor de saúde no ministério.
O jovem, estudante na Guiné-Conacri, um dos três países onde o vírus está mais activo, a par da Serra Leoa e Libéria, foi tratado no hospital Fann, em Dacar.
Após vários falsos alarmes, o Senegal tornou-se no fim de Agosto o quinto país a ser atingido pela epidemia da febre hemorrágica que se está a espalhar na África Ocidental, com a descoberta do caso deste estudante guineense, que entrou no país mesmo antes do encerramento das fronteiras com a Guiné-Conacri, a 21 de Agosto.
O jovem escapou à vigilância das autoridades sanitárias guineenses, que alertaram o Senegal.
O doente entrou em contacto com 67 pessoas, que têm sido alvo de monitorizações bi-diárias em Dacar, de acordo com o ministério.
Dois casos suspeitos tiveram resultados negativos, revelou ainda o ministério à agência de notícias France Presse.
O Senegal anunciou na segunda-feira a abertura de um "corredor humanitário" para permitir o acesso das organizações internacionais aos países atingidos pelo ébola, interrompido no seu território depois do encerramento das fronteiras.
O surto apareceu na Guiné-Conacri no início do ano, antes de entrar na Serra Leoa, na Libéria e na Nigéria.
A epidemia, a mais grave desde a identificação desta doença em 1976, já fez 2.296 mortos — dos quais mais de metade (1.224) só na Libéria — num total de 4.293 casos, de acordo com o mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde.
Lusa/SOL