Depois de detectado o defeito, o Boeing 737-800, que descolou ao final do dia de sábado de Kuala Lumpur rumo a Hyderabad (Índia), inverteu a marcha e regressou à capital da Malásia, onde aterrou hoje em segurança.
“A falha não tinha qualquer impacto na segurança do avião ou dos passageiros. Contudo, como medida de precaução, o capitão do voo decidiu voltar para trás”, explicou a transportadora aérea em comunicado.
A aeronave aterrou cerca de quatro horas depois da descolagem em Kuala Lumpur e voo MH198 foi adiado para hoje.
Nos últimos meses, a Malaysia Airlines registou duas grandes catástrofes, as quais causaram mais de meio milhar de vítimas mortais.
A 8 de março, o voo MH370, com 239 pessoas a bordo, que estabelecia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim, desapareceu dos radares. Seis meses depois não há pistas que esclareçam o seu destino final. Embora a investigação aponte para a possibilidade de se ter despenhado a sul do Oceano Índico, não foram encontrados vestígios ou destroços da aeronave.
A 17 de Julho, outro Boeing da companhia aérea malaia, que operava o voo MH17, explodiu no ar por cima da Ucrânia quando fazia a rota entre Amesterdão e Kuala Lumpur, num desastre em que morreram 289 pessoas.
Kiev e as principais potências ocidentais acusaram os separatistas pró-russos de terem abatido o avião com um míssil fornecido por Moscovo, mas o Governo de Vladimir Putin nega qualquer envolvimento directo e culpa as forças governamentais pelo ataque.
O relatório preliminar do acidente, divulgado esta semana, indica que o Boeing se partiu no ar, em vários bocados, “provavelmente em resultado de danos estruturais causados por um grande número de objectos de alta energia que penetraram o avião vindos do exterior”.
SOL/Lusa