"Otelo" é apresentado no âmbito do programa Gulbenkian Próximo Futuro e do Festival Santiago a Mil.
A programação nas duas salas do TNDM — a Estúdio e a Garrett — inclui textos de Raul Brandão, Molière, Luidgi Pirandello, Pier Paolo Pasolini e Martim Pedroso, entre outros.
A tragédia "Shakespeare" abre o cartaz da sala Garrett e "A Farsa", de Raul Brandão, pela associação Karnat abre, no dia 25, a da sala Estúdio.
Luís Castro, da associação Karnat, disse hoje que Raul Brandão é um autor que "retrata a portugalidade de forma justa".
Esta peça é apenas interpretada por Sara Carinhas.
A companhia Teatro da Cornucópia volta a colaborar com o TNDM, com a apresentação de "Pílades", uma tragédia de Pier Paolo Pasolini, encenada por Luís Miguel Cintra e que sobe à cena na sala Garrett em Outubro.
Em Janeiro assinala-se o regresso ao palco do Nacional do actor Diogo Infante no papel de "Cyrano de Bergerac", uma peça de Edmond Rostand, encenada por João Mota, director do D. Maria II e que conta no elenco com Virgílio Castelo, João Grosso e Joana Cotrim, entre outros.
Hoje, na apresentação da programação, João Mota enfatizou a importância do ensino artístico nas escolas e da sua ligação às áreas da cultura.
"O ensino artístico faz muita falta nas escolas", disse, defendendo que o teatro e a educação artística proporcionam aos mais novos "instrumentos fundamentais para o crescimento", como a improvisação, a espontaneidade e até o conhecimento da linguagem corporal.
"Chegou o tempo de se pensar seriamente no papel do ensino artístico na educação. O teatro, enquanto arte de afectos, ensina-nos a trabalhar e a respeitar o outro", sublinhou João Mota.
Esta ideia foi também defendida pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, que esteve presente no início da apresentação da temporada 2014/2015 do TNDM.
Barreto Xavier adiantou que ia ficar "pouco tempo na sessão", invocando assuntos de agenda, mas considerando que a sua presença pretende "dar um sinal e dar a cara pelo serviço público de cultura", mas realçou que "não se deve confundir com interferência na programação".
Lusa/SOL