A epidemia, a mais grave desde a identificação do vírus, em 1976, iniciou-se na Guiné-Conacri no princípio deste ano. Desde então, fez 1.459 mortos em 2.720 casos na Libéria, de acordo com o balanço feito a 14 de Setembro.
Também desse dia datam os balanços da Guiné-Conacri, onde se registaram 601 mortes em 942 casos, e da Serra Leoa, com 562 mortos de entre 1.673 casos.
Os profissionais de Saúde foram particularmente atingidos, com 151 mortos.
Um foco distinto da doença está também a propagar-se numa região remota do noroeste da República Democrática do Congo (RDC), de uma estirpe diferente daquela que atinge a África ocidental.
Já matou 40 pessoas em 71 casos desde que surgiu, a 11 de Agosto, segundo um balanço datado de 15 de Setembro e hoje divulgado pela OMS.
Dois outros países africanos registaram igualmente casos da doença: a Nigéria, com oito mortos em 21 casos, de acordo com um balanço de 14 de Setembro, e o Senegal, com um caso diagnosticado, de um estudante da Guiné-Conacri cuja cura as autoridades senegalesas anunciaram a 10 de Setembro.
A doença, também designada como febre hemorrágica do vírus Ébola, tem uma taxa de mortalidade de quase 90 por cento.
A infecção ocorre por contacto directo com os fluidos corporais, sangue, líquidos biológicos ou secreções. O período de incubação oscila entre os dois e os 21 dias. O doente torna-se contagioso a partir do momento em que os sintomas se manifestam — apenas não o é durante o período de incubação.
Segundo a OMS, é possível dizer que não há mais transmissão de Ébola num país "42 dias depois de o último caso ser registado".
Lusa/SOL