Mas admitamos que tem uma costela alentejana (embora sejam mais conhecidas as suas costelas lisboetas, mais a passagem efémera pelos Açores), como toda a minha família nuclear tem, e por isso demore a compreender algumas evidências. Já todos tinham notado que o processo de colocação de professores este ano tinha sido um caos, ainda maior do que nos 10 anos anteriores. Ora ele, vendo apenas caos, garantia que a coisa era normal. Mas finalmente percebeu que o caos era ainda maior do que o costume, e por causa de uma fórmula matemática que ele, por formação, devia dominar. Vai daí, pediu desculpas públicas, e despachou um alto funcionário do Ministério, que talvez não tivesse a mesma obrigação de dominar a coisa.
Quanto à ministra da Justiça, resolvi dar-lhe aqui um período longo de Estado de Graça, por ser a única que se esforça na tentativa de fazer uma reforma estrutural – apesar de ignorar as negociações sobre a matéria já feitas com o PS, e a indispensabilidade de uma reforma global contar com, o apoio da Oposição para sobreviver a este Governo tão efémero (e mais efémero ainda por todos os dias parecer que vai cair). Mais desculpas.
Por mim, não desculpo tanto caos e tanta asneirada. Mas será que além das pedirem, estes 2 ministros resolveram apurar (estatisticamente, por exemplo, aproveitando especialidade de um deles) se elas lhes eram mesmo aceites?