O Plano Nacional de Saúde Animal "é definido e acompanhado pela DGAV [Direcção Geral da Alimentação e Veterinária], que monitoriza a sua realização, estando este a decorrer normalmente, nomeadamente na sua componente laboratorial. Assim sendo, não existe qualquer risco para a saúde animal, pública ou segurança alimentar", explicou à Lusa o Ministério liderado por Assunção Cristas.
A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas (Confragi) lamentou hoje que os laboratórios privados de investigação das doenças de ruminantes estejam confrontados "com gravíssimos problemas financeiros" por atrasos de nove meses dos pagamentos do Estado.
Em comunicado, a organização agrícola, disse temer que estes problemas levem ao encerramento dos laboratórios privados que executam ensaios no âmbito dos Planos Nacionais de Saúde o que "poderá vir a ter consequências desastrosas para a economia nacional".
Por outro lado, "o não cumprimento dos Planos de Erradicação e Controlo de Brucelose bovina, Brucelose dos Pequenos Ruminantes e Leucose Bovina em curso impede o trânsito animal, põe em risco as exportações de carne e produtos lácteos, bem como constitui um grave risco para a sanidade animal e para a saúde pública", salientou a Confagri.
Em resposta a questões da agência Lusa, o Ministério da Agricultura "confirma o atraso no pagamento das análises laboratoriais referidas", mas garante que "se deve apenas a procedimentos administrativo-legais que são de compromisso obrigatório".
"A existir algum constrangimento na realização das análises supramencionadas, o INIAV [Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária] tem condições para colmatar as mesmas", acrescentou.
Lusa/SOL