UE contribui com mais 30 milhões para a luta contra o Ébola

A Comissão Europeia vai contribuir com mais 30 milhões de euros para os esforços contra a epidemia de Ébola na África Ocidental, anunciou hoje o presidente, Durão Barroso, num discurso em Nova Iorque.

UE contribui com mais 30 milhões para a luta contra o Ébola

Durão Barroso, falou hoje no Encontro de Alto Nível convocado pelas Nações Unidas para a resposta ao surto do Ébola e considerou que o que se está a passar "não é apenas um grave problema de saúde, é também uma ameaça à paz e à segurança e ao desenvolvimento", tendo ainda recordado a ajuda de mais de 150 milhões de euros que a Europa já deu.

"Mas a escala de necessidades é muito grande. Precisamos que todos intensifiquem os esforços. É por isso que anuncio que a Comissão Europeia vai contribuir com um pacote adicional de 30 milhões de euros", disse, segundo o discurso distribuído aos jornalistas em Bruxelas.

No entanto, acrescentou Durão Barroso, só mais dinheiro não é suficiente, sendo essencial assegurar que a ajuda chega aonde é precisa. 

"Precisamos de isolar a doença, não de isolar os países", sublinhou.

Barroso deu ainda conta dos esforços que a UE tem mobilizado, como técnicos de saúde e laboratórios móveis, assim como o accionar do Mecanismo de Protecção Civil da UE para facilitar a prestação de assistência no terreno e ligar à missão das Nações Unidas. 

A epidemia de Ébola já matou 2.917 pessoas na África Ocidental, em 6.263 casos segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Libéria, a Guiné-Conacri e a Serra Leoa são os três países mais afectados pela epidemia, a mais grave desde que o vírus foi identificado, em 1976. O actual surto começou na Guiné-Conacri, no final de Dezembro do ano passado. 

A Serra Leoa tomou hoje a medida drástica de colocar em quarentena mais de um milhão de habitantes, dos cerca de seis milhões que tem o país.

Os Estados Unidos vão enviar 3.000 soldados para a Libéria para ajudarem os profissionais de saúde a lutar contra a propagação do vírus e mobilizaram os seus especialistas dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças.

A infecção ocorre por contacto directo com fluidos corporais, sangue, líquidos biológicos ou secreções e o período de incubação dura de dois a 21 dias. 

De acordo com a OMS, a doença tem atingido uma taxa de mortalidade de cerca de 70 por cento.
 

Lusa/SOL