Tony Blair viu-se na lista das figuras mais influentes dos últimos 30 anos da comunidade LGBT, onde aparece lado-a-lado com figuras como Boy George, Sir Ian McKellen, Barbra Streisand e a recentemente desaparecida Joan Rivers, que foi entrevistada para Gay Time uma semana antes de se submeter a uma fatal cirurgia.
A distinção da revista deve-se ao facto de no seu mandato à frente do governo britânico (1997 – 2007) ter avançado na defesa dos direitos dos homossexuais. Nesses dez anos aprovou a união civil homossexual, uma lei contra crimes homofóbicos e a redução da idade para união consentida – que passou a ser igual à dos casais heterossexuais, de 16 anos.
Para a Gay Times é inegável que Blair seja um “embaixador dos direitos dos homossexuais”, numa distinção feita no 30.º aniversário da revista.
O editor Darren Scott diz-se grato pela participação de Blair na defesa dos homossexuais: “Independente da posição política, é difícil negar o que Blair e o seu governo fizeram para comunidade LGBT. Ajudou a abrir caminhos e por isso estou-lhe muito grato”.
Em comunicado, Tony Blair agradeceu a escolha.
“É algo que tenho muito orgulho. Considero que é uma parte significativa do meu legado. Lembro-me bem da Secção 28, que era bastante difícil. Criou-se um ambiente muito feio na sociedade contra os gays. Eu estava a crescer na política e não gostava da hipocrisia, onde as pessoas tinham de esconder a sua própria identidade. E eu vi a dor que eles tinham nas suas próprias vidas, porque não podiam ser quem eles eram”.
SOL