Mas, para mim, o verdadeiro mistério da ES Saúde é a sua presidente, Isabel Vaz. Desde logo, a pressa com que aceitou a OPA dos mexicanos da Ángeles – uns finórios que, segundo a imprensa e sem ninguém desmentir, contrariando as poucas regras do mercado, permitiram aos seus administradores comprarem acções da empresa na véspera de uma OPA que pelos vistos sabiam que iria ser aceite.
Mais estranho é a existência de tantos candidatos à ES Saúde: somam-se os chineses da Fidelidade, os portugueses da José de Mello Saúde e os americanos da Amil. E ainda mais estranho todos fazerem profissão de fé na dita Isabel Vaz.
Pessoalmente, nada tenho a favor ou contra a senhora. Mas a pressa com que aceitou a proposta dos caramelos mexicanos, os tais que usaram informação privilegiada para comprarem acções, deixou-me de pé atrás. Ficaria mais descansado se ela fosse afastada, e se os vencedores não fossem os mexicanos – que de qualquer forma já tiveram a oportunidade de ganharem bom dinheiro em Bolsa.