Claro que estou habituado a que o povo eleitor, em democracia, divirja de mim. E quanto a isso nada posso fazer. Nem quero ser populista.
Contudo, dou por encerradas as eleições no PS, e Costa seu vencedor indiscutível. Os movimentos sociais só precisam de algo em que se reunirem (nem sequer penso que seja a sede de poder, que só afectará alguns poucos), e o PS de Sócrates oferece uma boa alternativa ao Governo de Passos (Deus nos ajude a afastar da alternativa a ‘tralha’ socratista, a começar pelo próprio). Apenas me junto a João Soares, quando ontem lamentou na TV a falta de uma palavra amável de Costa para com o seu antecessor, que mais elegantemente o saudou (esperemos não ser também uma falha de carácter).
Entretanto, para provar que valia a pena afastar Seguro, Costa tem de avançar agora com uma acção mais contundente contra Passos. E nem sequer lhe será difícil, a avaliar pela forma como quase toda a Europa (até Berlim lá chegará) concluiu que as políticas seguidas até agora não atingiram os objectivos pretendidos, e fazem correr o risco de deflação (como preocupadamente acaba de reconhecer o presidente do BCE – o único que tem mantido o euro à tona). E, claro, com a dívida pública nacional estratosférica, tem de se preparar para receber a pior herança de Governo que um primeiro-ministro recebeu até hoje em Portugal, pelo menos no pós-25 de Abril