“Uma distracção, mesmo que seja uma simples caminhada pela praia, pode ser um factor de risco”, disse Nuno Leitão aos jornalistas, no âmbito da apresentação do balanço desta época balnear.
A instalação da nova sinalética nas praias, que vai permitir aos concessionários manterem o negócio aberto fora da época balnear, apenas depende da publicação de uma portaria que está para breve.
“A portaria deve estar a ser publicada. [A sinalética] passa a ser uma obrigatoriedade dos concessionários”, frisou.
Fazendo um balanço muito positivo desta época balnear comparativamente a épocas de anos anteriores, Nuno Leitão afirmou que o objectivo da AMN é “caminhar para zero” mortes.
Este ano, sete pessoas morreram durante a época balnear em praias portuguesas, seis das quais em zonas marítimas não vigiadas.
“Sete vidas numa afluência de 63 milhões de visitas ao risco, é um número muito reduzido. O que falhou foi o cumprimento de regras elementares de segurança e nesse sentido vamos continuar a trabalhar em campanhas de sensibilização”, afirmou.
Afirmando ser “impossível ter um nadador-salvador atrás de cada banhista”, Nuno Leitão acredita que “só através de uma cultura de segurança a ser difundida por todos aqueles que frequentam estes espaços” será possível “continuar a baixar ainda mais estes números reduzidos”.
O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar Branco, destacou “o resultado alcançado altamente meritório”.
O facto de este ano não ter havido nenhuma morte nas praias fluviais, ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, foi também vincado pelo ministro.
Para Aguiar Branco, a cooperação feita entre entidades públicas, empresas e autarquias permite obter “um resultado melhor”.
Depois de assistir a um simulacro de salvamento com uma bóia telecomandada “U-safe”, cuja primeira tentativa não funcionou, José Pedro Aguiar Branco desvalorizou o incidente considerando que “muitas vidas irão ser salvas por esta inovação”.
A bóia permite, “sob um comando, salvar em zonas onde não é possível salvar, em condições atmosféricas adversas, em alto mar”, salientou o governante.
A apresentação do balanço da época balnear foi feita a bordo de um barco rabelo, no rio Douro, onde foi ainda foi visualizada uma acção da iniciativa “Surf Salva”, que este ano pôs surfistas a salvar banhistas nas praias nacionais.
Lusa/SOL