Casal processa banco de esperma por inseminação de homem negro

Duas norte-americanas avançaram com um processo judicial contra um banco de esperma, em Illinois, porque uma delas engravidou com o esperma doado por um homem negro em vez de um homem branco, como pretendiam. E pedem uma indemnização de 50 mil dólares.

Casal processa banco de esperma por inseminação de homem negro

Jennifer Cramblett, de 36 anos descobriu que fora inseminada com o sémen errado por acaso, quando já estava grávida de cinco meses. Ela e a companheira, Amanda Zinkon, de 29, resolveram contactar o banco de esperma para pedir que lhes reservassem uma nova amostra do mesmo dador, caso no futuro quisessem voltar a engravidar. Mas quando Jennifer ligou para o Midwest Sperm Bank a resposta que teve deixou-a em "choque". Um funcionário informou-a que existira um erro com o seu processo e que fora inseminada com o esperma de um dador negro e não com o do dador branco que ela e Amanda tinham escolhido.

Na acção que deu entrada esta semana num tribunal de Cook, em Illinois, o casal alega que os registos das amostras naquele banco são feitos em papel e não electronicamente. “Foi negligência pura”, defendem, considerando que têm de ser criados sistemas de controlo no banco, que impeçam que o esperma errado seja enviado para clínicas de fertilidade.

Jennifer e Amanda dizem que adoram a filha Payton, que já tem dois anos, mas estão preocupadas com a forma como a vão educar na comunidade onde vivem,  já que é “predominantemente branca” e para a qual se mudaram por ter melhores escolas. Outro dos receios de Cramblett é a forma como a sua própria família “toda branca” e muitas vezes “inconscientemente insensível” irá receber a criança.

Segundo o casal, vários terapeutas aconselharam o casal a mudar para uma comunidade mais racialmente diversificada.

joana.f.costa@sol.pt