Mariano Rajoy aproveitou ainda o discurso de encerramento de uma reunião interparlamentar do PPpara alertar o presidente da Catalunha, Artur Mas, que um governante não pode fazer o que lhe apetecer: “Aqui em Espanha não há ninguém acima da lei. Primeiro a lei e depois as outras coisas”.
Segundo o El Pais, Rajoy mostrou-se disponível para “iniciar um diálogo” por acreditar que é uma maneira de chegarem a “um ponto de encontro” mas terá de se realizar “dentro de um campo de jogo em que todos caibam, que é a lei”.
“A Constituição pode ser mudada mas com o consenso de todos (…) As leis podem ser alteradas mas não podem ser violadas. Se alguém as quer mudar deve fazê-lo através dos procedimentos estabelecidos”, pode ler-se no El Pais.
Artur Mas, por sua vez, enalteceu o apoio de 95% dos municípios da Catalunha ao referendo que se realiza no próximo dia 9 de Novembro e instou o Governo Espanhol a atender aos pedidos da sociedade, dos partidos e dos municípios catalães para o voto sobre a independência.
“O que se passa na Catalunha é um desafio democrático em maiúsculas. Qualquer Estado, ao ver estas manifestações, já se teria sentado à mesa para negociar uma maneira legal para se poder voltar no dia 9”, afirmou Mas perante 800 presidentes dos municípios, que aprovaram a moção.
Em 947 municípios, 920 aprovaram a moção em defesa do directo de decidir sobre a independência da região da Catalunha.
“Por muito que tentar calar a voz do povo da Catalunha, não vão conseguir.”, acrescentou o presidente da região.