As autoridades sanitárias da região de Madrid revelaram esta terça-feira que uma das pacientes em causa é uma enfermeira esteve em contacto com dois cidadãos espanhóis que contraíram o vírus em África e que tinham sido trazidos para Espanha para tratamento. Esta paciente não apresenta febre, mas sim diarreia, um sintoma habitualmente presente em casos de ébola. O seu seguimento é motivado sobretudo por um princípio de precaução.
Recorde-se que, na segunda-feira, as autoridades confirmaram o primeiro caso de contágio directo ocorrido fora de África. Trata-se de uma auxiliar de enfermagem que também tinha estado em contacto com os dois missionários espanhóis infectados.
O marido desta auxiliar também se encontra sob vigilância clínica, apesar de não exibir para já qualquer sintoma da doença.
Segundo o El País, um total de 52 pessoas que tiveram em contacto a auxiliar doente estão a ser vigiadas pelo hospital Carlos III e pelo hospital de Alcorcón, por motivos de precaução, mas não se encontram internadas.
De acordo com o El Mundo, um quarto indivíduo internado, um engenheiro espanhol que regressou recentemente de uma viagem ao estrangeiro, foi submetido a análises após sintomas suspeitos. Um primeiro exame á possibilidade de infecção por ébola deu negativo. O paciente irá ser sujeito a um segundo teste, mas aquele jornal afirma que poderá tratar-se apenas de um caso de malária.
Apesar de na imprensa espanhola surgirem fortes críticas à gestão desta crise, pondo em causa a capacidade dos hospitais madrilenhos lidarem com a ameaça desta doença, a directora-geral de Saúde Pública, Mercedes Vinuesa, desvalorizou o risco para a população, declarando que o vírus “não se transmite com demasiada facilidade”.