Tento compreender a sua posição como advogado. Mas não entendo que os ares dos tempos (e ele parece estar a querer ser politicamente correcto com os ares dos tempos) insistam ainda na defesa dos pedófilos, e do seu bom nome – à custa do perigo que representam para as crianças que os rodeiam.
Definitivamente, não esperemos nunca que advogados privilegiem a defesa das vítimas em relação aos agressores. Para eles, esses agressores, afinal, são os potenciais clientes – e as vítimas apenas uma forma colateral de haver esses clientes. Até acredito que não o pensem e formulem desta forma tão literal. Mas eu não consigo percebê-lo doutra maneira. Nem me parece que defender as vítimas dos agressores possa ser qualificado de populismo justiceiro. Que nome haveríamos de dar então aos que defendem os agressores e esquecem as vítimas? Populismo agressor?