John Kerry disse que a janela para responder ao desafio se estava a "fechar depressa" e avisou para as consequências terríveis resultantes.
Depois de visitar um centro de desenvolvimento de tecnologia eólica, com o seu homólogo britânico, Philip Hammond, classificou a situação fruto da inacção como "catástrofe".
De forma mais específica, disse: "a vida como é conhecida na Terra acaba. Um aumento de sete graus Fahrenheit (4 graus Celsius) e não podemos manter as colheitas, a água, a vida".
Kerry, desde há muito defensor das causas ambientais, disse que as soluções tecnológicas ainda podem ajudar a prevenir os piores desastres originados pelas alterações climáticas.
"A solução está bem à nossa frente. É muito simples: energia limpa", afirmou, salientando as perspectivas de criação de milhões de empregos no sector, à escala mundial.
Kerry avisou que as alterações climáticas já se estão a fazer sentir negativamente, dizendo que Agosto último foi o mês mais quente na história escrita do planeta.
Mencionou que a escassez de alimentação que ocorre em locais como a América Central é devida á piores secas em décadas e alertou que a subida do nível das águas dos oceanos pode devastar cidades e comunidades em zonas ribeirinhas.
Exemplificou, a propósito, com o caso de Boston, onde a subida do nível do mar em um metro até ao final do século significaria prejuízos de 100 mil milhões de dólares (79 mil milhões de euros), somando os estragos do património edificado, ajudas de emergência e outros custos.
Kerry insistiu que o mundo deve agir agora, enquanto pode.
"Ainda temos nas nossas mãos uma janela de oportunidade para sermos capazes de fazer a diferença. Mas está a fechar-se rapidamente. Não é uma ameaça. É um facto", acentuou.
Lusa/SOL