Segundo a mesma fonte, a auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, que luta contra a febre causada pelo vírus Ébola no hospital de Madrid Carlos III, "está melhor que ontem", tendo o seu estado de saúde recuperado durante a noite.
A auxiliar de enfermagem está consciente, fala de vez em quando, quando está de bom humor, afirmou a fonte, pedindo o anonimato. Segundo o jornal El País, a auxiliar de enfermagem está a ser tratada por uma equipa de dez pessoas, dos quais três médicos.
A sua condição "é grave, mas está a melhorar", disse a fonte, detalhando que os médicos aplicaram a Romero o tratamento experimental "ZMapp" na noite de sexta-feira.
Ainda não existe uma vacina ou um tratamento amplamente disponível para o vídus mortal ébola, mas o "ZMapp" é um dos vários tratamentos, cujo desenvolvimento tem sido acelerado.
Romero foi a primeira pessoa a ser diagnosticada, a 6 de Outubro, como tendo sido contagiada com a febre hemorrágica fora de África.
A auxiliar de enfermagem luta agora contra o vírus contraído aparentemente com um missionário que tinha regressado de África e morreu no final de Setembro.
Além de Romero, permanecem hospitalizadas outras 16 pessoas, depois de três mulheres terem dado entrada no centro, uma cabeleireira, uma enfermeira e uma trabalhadora de limpeza, todas sem sintomas.
Além do caso confirmado, existe um outro caso em investigação, uma enfermeira cujo primeiro teste deu negativo, mas que aguarda ainda o resultado do segundo teste, realizado 72 horas após, que poderá ser conhecido ainda hoje.
O número de mortos devido ao surto epidémico de ébola surgido na África Ocidental no final do ano passado ultrapassou os 4.000, segundo o mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado na sexta-feira em Genebra.
De acordo com os últimos dados da agência especializada das Nações Unidas, que datam de 8 de Outubro, registaram-se, no total, 8.399 casos em sete países, de que resultaram 4.033 mortes.
O anterior balanço, com informação de 5 de Outubro, dava conta de 8.033 casos, dos quais 3.865 mortais.
Os sete países afectados foram divididos em dois grupos pela OMS, sendo o primeiro constituído pela Guiné-Conacri, a Libéria e a Serra Leoa – os três países mais atingidos – e o segundo pela Nigéria, o Senegal, a Espanha e os Estados Unidos.
No primeiro grupo, a Libéria, o país mais afectado pela epidemia, registou 4.076 casos, dos quais 2.316 resultaram em mortes.
Na Serra Leoa, a OMS contabilizou 2.950 casos e 930 mortes.
Por último, na Guiné-Conacri, onde teve início o surto epidémico, em Dezembro de 2013, há 1.350 casos e 778 mortes.
Os profissionais de saúde continuam a ser o grupo populacional mais afectado pela doença nesses países, com 416 casos, de que resultaram 233 mortes.
No segundo grupo, na Nigéria, o número de casos e de mortes manteve-se inalterado, com 20 casos e 8 mortos.
O mais recente balanço da OMS deu conta de uma morte nos Estados Unidos e um caso em Espanha.
No Senegal, manteve-se a contagem, com apenas um caso.
Na República Democrática do Congo, onde foi identificada uma epidemia de ébola distinta daquela que está a afectar a África Ocidental, a OMS contabilizou 71 casos, 43 dos quais se revelaram mortais, de acordo com um balanço efectuado a 7 de Outubro.
Lusa/SOL