O Pe. Almada e as famílias

Diz-se que é da Opus (‘o Opus’, como a sua gente prefere dizer), e consegue ter artigos relativamente regulares no Público. Não com o mesmo destaque dos do Frei Bento Domingues, no mesmo jornal, ou os do Prof. Anselmo Borges, no DN – mas também estão longe de conseguir a mesma qualidade teológica.

Digamos que o Pe. Almada é mais um prosélito, preocupado com a propaganda da organização a que pertence, e imaginando-se cheio de graça. Mas reparei, perplexo, que se auto denomina ‘vice-presidente da Confederação Nacional das Associações de Família’. Ora esse não me parece papel a ser desempenhado por um sacerdote impedido (ao que parece, com gosto – tanto que ficará desgostosíssimo quando a Igreja evoluir, ou mudar, neste ponto). Compreendo pais de grandes famílias, como o falecido Fernando Castro, ou os ainda vivos Luís Cabral e Ana Cid Gonçalves, nesses cargos, e nessa representatividade. Mas um padre, a representar as famílias? Não seria melhor dedicar-se ao sacerdócio – ou será daqueles que tem uma noção burocrática sobre o assunto? Talvez um estágio na Casa Mãe da Opus, em Espanha (onde a organização parece bastante mais avançada do que em Portugal), já que também ostenta um apelido castelhano (Puertocarrero), não lhe fizesse mal.