Fincher faz os filmes que bem entende, como quer fazer, sempre valorizados pela crítica e pelo público, o que é um feito ao alcance de poucos.
Curiosamente a sua carreira poderia ter acabado à nascença. Em 1992 realizou o fracassado Alien 3 – A Desforra, uma estreia com resultados desastrosos. Foi tal o desagrado dos estúdios e da crítica que se viu obrigado a voltar à produção de publicidade que já antes lhe sustentava a casa.
Nasceu em Denver, nos Estados Unidos, em 1962. Começou a fazer filmes em super 8, com a câmara da família, quando tinha apenas oito anos. Dez anos depois, em 1980, começou a trabalhar numa empresa de animação que o levaria para a Industrial Light and Magic – ILM, de George Lucas, colaborando na produção dos efeitos especiais da saga Star Wars.
Quando abandonou a ILM para se dedicar à publicidade começou também a realizar videoclipes de músicos como os Aerosmith, Rolling Stones, Madonna e George Michael, entre outros.
Durante essa pausa no cinema foi preparando o filme que marcaria um regresso notado e aplaudido: Seven – Sete Pecados Mortais, de 1995. Depois viriam quatro outras obras essenciais da sua cinematografia: Fight Club – Clube de Combate, de 1999; Zodiac, de 2007; O Estranho Caso de Benjamin Button, de 2008; A Rede Social, de 2010.
Essa tabela recebe agora uma sexta produção: ao estrear, Em Parte Incerta conquistou de imediato um lugar cativo nesta lista. A obra consolida um certo olhar do realizador sobre os quartos escuros da mente e os segredos de qualquer relacionamento. Fincher tem vindo a aprimorar a sua visão mais dura e fria da condição humana e das relações em sociedade. Os seus filmes fazem-se sempre acompanhar de uma inquietude que demora a desprender-se.