Este poderá ser o segundo caso de ébola diagnosticado em território norte-americano.
"Nós sabíamos que um segundo caso poderia ser realidade e estávamo-nos a preparar para esta possibilidade", disse o médico David Lakey, comissário do Departamento de Serviços Médicos do Texas, citado pela agência noticiosa AFP.
"Estamos a ampliar a nossa equipa em Dallas e a trabalhar com extrema diligência para evitar a propagação" da doença, acrescentou.
O profissional de saúde relatou que teve uma febre baixa na quinta-feira à noite e foi isolado, situação que levou à realização de testes, refere um comunicado dos serviços de saúde do Texas.
O paciente não foi identificado e a forma do seu contágio também não foi divulgada.
"As autoridades de saúde já entrevistaram o paciente e estão a identificar os contactos e possíveis exposições. As pessoas que tiveram contacto com o profissional depois dos sintomas surgirem serão monitoradas com base na natureza das suas interacções e o potencial a que foram expostas ao vírus", referiu ainda o comunicado.
O profissional de saúde é do Texas Health Presbyterian Hospital de Dallas, centro hospitalar onde que estava internado Thomas Eric Duncan, o liberiano que contraiu ébola e morreu na quarta-feira.
O número de mortos devido ao surto epidémico de ébola surgido na África Ocidental no final do ano passado ultrapassou os 4.000, segundo o mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado na sexta-feira em Genebra.
De acordo com os últimos dados da agência especializada das Nações Unidas, que datam de 08 de Outubro, registaram-se, no total, 8.399 casos em sete países, de que resultaram 4.033 mortes.
Os sete países afectados foram divididos em dois grupos pela OMS, sendo o primeiro constituído pela Guiné-Conacri, a Libéria e a Serra Leoa — os três países mais atingidos — e o segundo pela Nigéria, o Senegal, a Espanha e os Estados Unidos.
Lusa/SOL