Uma das opções que poderão estar em cima da mesa é trabalhar com Carlos Slim, o mexicano multimilionário que detém a América Móvil. Segundo fontes do sector, Zeinal Bava e Slim são amigos, pelo que é uma possibilidade que está em aberto – embora dependa das cláusulas de impedimento especificadas no acordo de rescisão com a Oi.
A saída do gestor português coloca em causa a criação de um gigante transatlântico. A Oi é cada vez mais uma operadora brasileira, apesar de ter alguns – e cada vez menos – accionistas portugueses. A aplicação na Rioforte obrigou à redução da participação portuguesa para 25% do capital accionista.
Além disso, os activos da PT Portugal já passaram para as mãos da Oi – apenas a dívida de 900 milhões de euros ficou na PT SGPS, a holding excluída da fusão.
Apesar de a fusão ainda não estar totalmente concluída – faltam algumas aprovações da parte dos reguladores -, na prática a Oi já é dona dos activos da PT
Portugal. Aliás, este foi um dos factores que terão agudizado os conflitos entre Zeinal Bava e os principais accionistas brasileiros.
Durante a semana, houve várias indicações de que há negociações entre a francesa Altice (dona da Cabovisão e da Oni) e a Oi, para a compra da PT Portugal.
Em comunicado, a Oi admitiu que tem à venda activos não estratégicos, mas garantiu que não recebeu nenhuma proposta.
Depois de há um ano ter sido traçado um plano que incluía a PT no gigante luso-brasileiro, o futuro da operadora portuguesa é incerto, havendo também a possibilidade de ficar em mãos de espanhóis: a Telefónica poderá entrar na corrida.
Antes da fusão, a Telefónica manifestou várias vezes interesse em juntar-se à PT para criar uma gigante ibérica, tendo até tido reuniões com o Governo português. Além disso, o mercado africano também é muito apetecível para a operadora. Tendo em conta a operação da PT neste continente, através da participação que detém na Unitel que também está para venda, poderá chegar a um acordo com a Oi para adquirir as duas posições, segundo fontes do mercado.
O nome da britânica Vodafone também foi apontado como eventual interessado. Mas segundo os analistas, a criação de uma operadora ibérica fará mais sentido.