Em causa um paciente que ocupou a ambulância na qual Teresa Romero foi transferida para o hospital de Alcorcón e um cidadão nigeriano chegado esta quarta-feira a Madrid num voo procedente de Paris.
Os exames devem, contudo, ser repetidos dentro de 72 horas, pelo que ambos continuam internados no Hospital Carlos III de Madrid.
O primeiro caso suspeito corresponde a um dos contactos de "baixo risco" da auxiliar de enfermagem Teresa Romero, que se submeteu a um teste depois de comprovar que apresentava um estado febril, enquanto o segundo diz respeito a um cidadão nigeriano procedente de Paris que tinha sintomas semelhantes ao do vírus.
O Conselho de Ministros analisa hoje a situação do vírus em Espanha, quando se cumpre uma semana desde que foi criado um comité especial para acompanhar o ébola encabeçado pela vice-presidente do Governo, Soraya Sáenz de Santamaría.
Teresa Romero foi o primeiro caso de contágio do vírus do ébola fora de África.
Segundo o mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), o ébola causou 4.493 mortos em 8.997 casos registados em sete países (Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, os mais afectados, mas também Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos).
A OMS teme um expressivo aumento do número de infecções que estima poderem subir até aos 10.000 novos casos por semana (actualmente registam-se mil) até ao final do ano na África Ocidental.
O ébola tem fustigado o continente africano regularmente desde 1976, com o actual surto a figurar como o mais grave desde então.
Lusa/SOL