Pensa-se que é a primeira vez nos mais de 500 anos de história da Capela Sistina que é dada uma autorização deste género, pelo que os dois grupos de 20 turistas que andam a percorrer a cidade por estes dias bem podem agradecer a sorte. O Papa Francisco não colocou objecções à iniciativa, garantindo que o dinheiro recebido será distribuído por obras de caridade.
Não se sabe exactamente quanto recebe o Vaticano, mas a viagem de luxo custa 4.590 euros a um grupo e 4.990 a outro, limitando a receita total a menos de 200 mil euros para pagar hotéis, refeições, visitas na cidade, além deste momento único na Capela Sistina.
As portas da sala que ostenta o famoso tecto de Miguel Angelo são fechadas às 19h30, seguindo-se a interpretação da Petite Messe Solennelle, composta por Rossini em 1863, por parte do coro da Academia de Santa Cecília, dirigida pelo maestro Ciro Visco. Segue-se um jantar de gala não menos exclusivo: nos museus do Vaticano, onde os turistas estarão rodeados de obras de Miguel Angelo, Rafael, entre outros artistas mundialmente conhecidos.
Não se sabe se o Vaticano pretende abrir as portas a mais iniciativas deste género, mas foi divulgado esta quinta-feira que o número anual de visitantes à Capela Sistina vai ser limitado a seis milhões, devido a preocupações com a preservação das obras de arte, particularmente os frescos de Miguel Angelo.