“Citando Mark Twain: as notícias sobre a nossa morte foram manifestamente exageradas”, escreve o grupo liderado pelo polémico Nigel Farage, número um do Partido pela Independência do Reino Unido (UKIP), vencedor das europeias em terras de Sua Majestade.
Ignorando o facto de a dissolução do grupo ter sido anunciada no mesmo site do EFDD, o grupo informa que «apesar de riscado pelos federalistas», o EFDD mantém intacto o estatuto de grupo parlamentar graças à adesão do polaco Robert Jarosław Iwaszkiewicz, formalizada nos serviços do Parlamento Europeu (PE) ao início da tarde desta segunda-feira.
Nigel Farage acusa o presidente do PE, Martin Schulz, de ter festejado “prematuramente” o “silenciamento dos eurocépticos”. A “manipulação da política de bastidores” não funcionou, celebra o britânico, que agora antecipa um cenário em que os eurocépticos vão levar «os centristas fanáticos da UE a lamentar o seu breve ataque de arrogância”.
Já Robert Jarosław Iwaszkiewicz, eleito pela primeira vez como candidato do Congresso da Nova Direita, explicou que com a sua adesão ao EFDD pretende “ajudar o único e vital grupo eurocéptico do PE”. O polaco diz que se juntou ao grupo maioritariamente composto por membros do UKIP e do Movimento 5 Estrelas, do ex-comediante italiano Beppe Grillo, “devido a dois valores importantes – oposição à burocracia da EU e apoio ao mercado livre tão firmemente apoiado pela delegação do UKIP”.
O comunicado do grupo acaba recordando que “estava agendado o anúncio formal da dissolução do grupo EFDD para a abertura da sessão plenária de hoje”, mas “afinal haverá muitos eurocépticos felizes”. Com a entrada do polaco Iwaszkiewicz, o EFDD passa a ter 48 membros (muito acima dos 25 exigidos para a formação de um grupo parlamentar) que representam sete Estados-Membros, o mínimo exigido pelos estatutos do PE.