Conclusão: nem vale a pena bater mais no ceguinho: Costa disparatou quando afirmou que as cheias em Lisboa, sempre que uma chuva copiosa coincida com a maré alta do Tejo, não têm emenda. Como já errara (e agora passou a haver contradição) quando uns dias antes culpara os serviços meteorológicos de não terem avisado a Câmara do verdadeiro rigor da chuva, mais da maré cheia, para se tomarem medidas atempadas. Como foi despropositado, ao frisar a imunidade de São Pedro.
Esperemos que quando for primeiro-ministro – porque tudo indica que o será, já que estas asneiras estão muito aquém, das de Passos Coelho – governe sem estes tropeções na politica.
Já Carmona Rodrigues, engenheiro que é, assegurou em entrevista ao DN que o problema tem naturalmente uma solução.
O que nenhum dos dois fez, e ambos o deveriam ter feito, é explicar se a obra necessária terá um preço comportável para a cidade e os seus contribuintes. Porque consta que uma obra mínima, sem sequer garantias de ser suficiente para evitar umas 2 cheias por ano, custará cerca de centena e meia de milhões de euros. Ora isto já são contos do nosso Rosário. Vale a pena gastar tanto dinheiro por umas 2 cheias anuais complicadas? E quanto se gasta, em despesas públicas e privadas, por essas cheias, assim, sem a tal obra? Aí estão questões a ponderar seriamente, antes de se atirarem centenas de milhões para uma obra de engenharia, que não se sabe exactamente em quanto ficará, e o que resolverá.