Aviões F-16 portugueses integrados na missão de policiamento aéreo no Báltico (BAP), que Portugal lidera até final de Dezembro, e aparelhos dinamarqueses foram mobilizados para identificar o aparelho e manter a segurança do espaço aéreo aliado.
De acordo com um comunicado do comando das forças da NATO na Europa (Shape), este avião russo, um IL-20 especializado na recolha de informações, “penetrou pouco antes das 13h [12h em Lisboa] no espaço aéreo estónio nos arredores da ilha de Saaremaa [a maior ilha da Estónia] durante menos de um minuto, o que representa uma incursão de cerca de 600 metros no espaço aéreo da NATO”.
O avião, que não se identificou junto das autoridades de regulação civil do tráfego aéreo, voava sobre o mar perto do espaço aéreo aliado desde há cerca de quatro horas, precisou o Shape.
O avião foi seguido por radares no solo e por pelo menos seis caças ocidentais. Em conformidade com os procedimentos, F-16 dinamarqueses aproximaram-se cerca das 9h (8h em Lisboa) do aparelho que deslocou do enclave russo de Kaliningrado e se dirigia para a Dinamarca, segundo o comunicado.
Aviões de caça suecos foram de seguida enviados para acompanhar o avião russo, apesar de a Suécia não ser membro da NATO, e de seguida entraram em acção os F-16 portugueses que asseguram as missões de policiamento aéreo na região do Báltico.
O aparelho fez meia volta em direcção ao sul, e foi nesse momento que se verificou a incursão, acrescentou o Shape. Após um “contacto visual” entre os pilotos dos F-16 portugueses e os do IL-20, este foi “escoltado até se afastar do espaço aéreo da NATO”, esclarece o comunicado.
Lusa / SOL