Na semana passada, a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Fidelidade sobre a Espírito Santo Saúde (ES Saúde) conseguiu captar um total de 96,065% do capital social da antiga participada do Grupo Espírito Santo.
Em resultado desta OPA, o Credit Suisse informou hoje, num comunicado divulgado pela Comissão de Mercado e de Valores Mobiliários (CMVM), que a sua subsidiária Credit Suisse Securities (Europe) reduziu a respectiva participação accionista na ES Saúde para 0,011% do capital, deixando assim o grupo financeiro de deter uma participação qualificada. Alienadas foram 1.600.000 acções, correspondentes a 1,67% do capital.
Já a gestora de activos Santander Asset Management España informou que deixou de deter qualquer participação na ES Saúde, depois da alienação de 6.617.596 acções, correspondentes a 6,9% do capital, pelos fundos de investimento mobiliário geridos pela empresa do grupo espanhol.
Também a Highbridge Capital Management, subsidiária de gestão de ativos do grupo JP Morgan, indicou hoje que deixou de ser proprietária de ações na ES Saúde, depois de alienar 1.950.000 acções sob a forma de uma 'equity swap' (contrato de derivados).
A Morgan Stanley foi outro dos accionistas que anunciaram hoje a venda da posição detida na empresa adquirida pela Fidelidade, neste caso num total de 2.136.213 acções. Nas mãos deste accionista restam 104.267 acções, correspondentes a 0,11% dos direitos de voto.
Também a T. Rowe Price, uma gestora de fundos de investimento, anunciou a redução da participação na ES Saúde para 12.919 acções, que se traduzem em 0,01% dos direitos de voto.
Na semana passada, contando com as acções que a Fidelidade já detinha, o grupo segurador, agora controlado pelos chineses da Fosun, passou a ter uma participação total de 96,067% do capital social da ES Saúde (91.784.436 acções), a que corresponde um investimento de 459,8 milhões de euros (5,01 euros por acção).
Além da Ángeles, também a OPA da José de Mello Saúde e a proposta da UnitedHealth Group, que foi feita directamente à Rioforte para um negócio a realizar fora de bolsa, ficaram sem efeito.
Lusa/SOL