Empresas alimentares espera facturar 50% no estrangeiro em 2020

Uma em cada cinco empresas nacionais do sector agro-alimentar espera obter 50% das suas vendas no mercado externo em 2020, segundo um estudo da Deloitte hoje apresentado no V Congresso da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-alimentares.

O estudo baseia-se num inquérito a responsáveis de 20 empresas do sector agro-alimentar que representam 40% do total de volume de negócios gerado em Portugal e concluiu que as empresas de origem nacional apostam sobretudo na captação de novos clientes noutros mercados, enquanto as de origem internacional estão mais focadas no mercado doméstico.

Duas em cada três empresas têm a expectativa de exportar mais de 25% do seu volume de negócios até 2020 e, entre as empresas de origem nacional, 21% esperam vender no exterior mais de 50% do seu volume de negócios.

O sector agro-alimentar representa a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional, tanto em termos de volume de negócios (14,6 mil milhões de euros), como de Valor Acrescentado Bruto (2,6 mil milhões de euros), sendo a segunda maior empregadora, logo atrás dos têxteis, superando os 104 mil empregos.

O sector apresenta, desde 2006, uma taxa de crescimento das exportações superior à das importações (com uma média anual de 8,9% contra 4%, respectivamente).

Segundo a consultora, se se mantiver a média de crescimento das importações nos 8% e as exportações melhorarem para os 9,4% (face ao histórico de 8,9%), a indústria agro-alimentar conseguirá ser, em 2020, exportadora líquida, com um total de volume de negócios de 8 mil milhões de euros assegurados no exterior.

Lusa/SOL