"As avarias dos radares estão em reparação. Em Janeiro, a reparação estará concluída e reposto o seu funcionamento", disse o autarca, na reunião camarária que se realizou hoje à tarde.
António Costa respondia a uma questão colocada pelo vereador do PSD António Prôa.
"Os radares foram um investimento importante do município e estão inoperacionais. Se não estão todos, estão praticamente todos. Não sei porque é que a câmara não resolve problemas e põe os radares a funcionar", questionou António Prôa.
A cidade de Lisboa conta com 21 radares, que começaram a funcionar a 16 de Julho de 2007, com algumas alterações posteriores ao limite de velocidade, como foi o caso da Avenida Infante D. Henrique, onde devido a uma petição pública o limite de 50 quilómetros/hora foi alterado para 80.
Os dispositivos estão instalados nas Avenidas das Descobertas, da Índia, Cidade do Porto, Brasília, de Ceuta, Infante Dom Henrique, Estados Unidos da América, Marechal Gomes da Costa e Gago Coutinho e nos Túneis do Campo Grande, do Marquês de Pombal e da Avenida João XXI – onde o limite de velocidade é de 50 quilómetros/hora (km/h)- e ainda na Radial de Benfica, na Segunda Circular e no prolongamento da Estados Unidos da América, onde a velocidade máxima permitida é de 80 km/h.
Exibindo imagens ilustrativas, o social-democrata questionou ainda o executivo em relação ao "deficiente funcionamento dos semáforos na cidade de Lisboa" e ao "estacionamento abusivo" em segunda fila.
"É um problema que permanece e que urge ser resolvido. Dificilmente se compreende falta de intervenção na cidade de Lisboa", afirmou.
Em resposta, António Costa admitiu que a empresa que está encarregue da manutenção dos semáforos ainda não está a fazê-lo como deveria e aconselhou o vereador do PSD a ligar para o número telefónico das avarias sempre que encontrar um semáforo avariado.
Relativamente ao estacionamento em 2.ª fila, disse que a sua fiscalização é difícil com o actual número de efectivos da Polícia Municipal, mas anunciou que será aberto um novo curso de formação em breve.
Na reunião, a câmara aprovou, com o voto contra do CDS e a abstenção do PSD, a redução de cerca de 5.500 lugares de estacionamento público previstos para o Parque das Nações, em edifícios ou à superfície.
"Há vários parques de estacionamento que não estão a ser procurados e vários promotores que reclamam que a exigência de estacionamento é excessiva em relação às necessidades actuais", justificou o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado.
Para a zona central do Parque das Nações, por exemplo, estão previstos 13.814 lugares, dos quais já foram criados 11.179.
Contudo, Manuel Salgado ressalvou que se mantêm "as reservas de estacionamento [onde estava previsto] para que, se um dia vier a ser necessário, eles se possam fazer".
Ainda na sessão, António Costa referiu-se à decisão judicial sobre o processo Bragaparques conhecida na segunda-feira afirmando ter sido "importante que tudo tenha sido devidamente esclarecido".
O vereador António Prôa mostrou-se solidário com os antigos responsáveis sociais-democratas que foram absolvidos e indignado com o tempo que o tribunal demorou a decidir.
O Tribunal Central de Lisboa absolveu o antigo presidente da autarquia Carmona Rodrigues e os ex-vereadores Fontão de Carvalho e Eduarda Napoleão, acusados de prevaricação de titular de cargo político.
Em causa estaria o suposto favorecimento da empresa Bragaparques em prejuízo do município, na sequência da permuta, aprovada há quase uma década, dos terrenos do Parque Mayer (anteriormente detidos pela empresa) — com parte dos terrenos municipais da antiga Feira Popular, em Entrecampos.
Actualizada às 22h58
Lusa/SOL