Segundo a Direcção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros, depois de quatro meses consecutivos de estagnação ou declínio, o indicador de sentimento económico subiu 0,8 pontos na zona euro (para 100,7), enquanto na União Europeia avançou 0,5 pontos (para 104,0).
Em Portugal, o indicador de sentimento económico subiu em Outubro pelo segundo mês consecutivo e fixou-se em 103,1 pontos, mais 1,5 pontos do que em Setembro.
No caso português, o sentimento económico melhorou em Outubro em praticamente todos os sectores "medidos": passou de 0,4 pontos para 3,0 nos serviços, de -23,9 para -23,0 entre os consumidores, de -44,8 para -39,0 pontos no sector da construção e de -6,5 para -6,0 pontos na indústria, enquanto no comércio a retalho passou de 2,0 para 0,7 pontos.
O indicador de sentimento económico calculado pela Direcção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia mede a confiança e as expectativas dos consumidores e empresas quanto à economia.
Para o total da zona euro, a Comissão Europeia indica que a estabilização do sentimento resulta de melhorias da confiança em todos os sectores de actividade e destaca os aumentos da confiança no comércio a retalho (0,9), nos serviços (1,2) e na construção (3,1), enquanto a melhoria na indústria foi mais ligeira (0,4).
Já a confiança dos consumidores manteve-se praticamente inalterada (0,3).
Entre as maiores economias que partilham a moeda única, diz Bruxelas, apenas em Espanha se registou a queda do indicador de sentimento económico (-0,7), sendo que aumentou na Alemanha (0,6), em França (1,1), em Itália (0,5) e na Holanda (2,1).
No Reino Unido, o indicador de sentimento económico caiu (2,1) e contribuiu para o avanço menos acentuado do indicador no total da UE.
Também hoje o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulgou que o indicador de confiança dos consumidores portugueses "aumentou ligeiramente" em Outubro e atingiu o valor mais elevado em 12 anos.
Segundo o INE, o indicador de confiança dos consumidores (calculado através de inquéritos a particulares) atingiu o valor mais elevado desde Maio de 2002 (-24,0 pontos, que compara com os -24,6 pontos de Setembro), prolongando a tendência ascendente observada desde o início de 2013.
A recuperação deste indicador deveu-se, de acordo com o INE, "ao contributo positivo das expectativas sobre a evolução da situação financeira do agregado familiar e da situação económica do país e, em menor grau, das perspectivas de evolução das poupanças".
As expectativas relativas à evolução do desemprego, por sua vez, contribuíram negativamente.
Lusa/SOL