Segundo apurou o SOL, os Tu-95 Bear H demoraram cerca de duas horas até inverter a rota depois do primeiro contacto com os F-16 lusos, já perto de Sagres, no Algarve. A parelha de caças portugueses teve mesmo de ser rendida, dada a autonomia menor das aeronaves nacionais.
Os aviões russos nunca responderam às comunicações dos portugueses e mantiveram os transponders desligados (aparelhos de localização) durante a incursão. Este tipo de acções pode colocar em perigo o tráfego aéreo civil, apesar de os Tu-95 voarem abaixo das rotas comerciais, o que obrigou à intervenção da Força Aérea.
Sempre que um aparelho esteja a sobrevoar espaço de jurisdição nacional sem que Portugal tenha conhecimento da rota que está a fazer e sem autorização de plano de voo a Força Aérea portuguesa é obrigada a intervir.
O incidente desta sexta-feira registou-se mais ou menos à mesma hora do que foi registado na quarta-feira, ao início da manhã, ao largo de Peniche.
sonia.cerdeira@sol.pt